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domingo, 6 de maio de 2012

O livro das ignorãças - Manoel de Barros


Manoel de Barros é o poeta da simplicidade, da natureza, da palavra atrelada a imagem e ao som, da cor e da forma. O poeta nasceu em Cuiabá e passou sua infância e adolescência dentro da fazenda do pai, onde teve contato direto com os ''causos'' dos matutos que trabalhavam por lá e com a natureza, temas de seus diversos poemas. Manoel brinca com as palavras, busca cada uma para compor seu poema sem o rigor gramatical, mas com o rigor da imaginação que a palavra induz.
O CINE ROCK CLUBE lamenta muito a falta de conteúdo nos meios de comunicação de hoje em dia, querendo empurrar guela abaixo do povo os enlatados de costume, as famosas porcarias do sistema e esquecem de divulgar e homenagear o poeta, com uma simples nota,  pelo prêmio de Literatura Casa da América Latina/Banif 2012, de Criação Literária, atribuído à obra "Poesia Completa". Detalhe o poeta ganhou o prêmio em ABRIL. 

Mas o ''Eu quero é Tchun e eu quero é tcha'' tá a mil, kkkkkk, francamente.

No Brasil, Manoel de Barros obteve os principais prêmios literários como o Prêmio Nacional de Poesia (1966), o Prêmio Jabuti (1989 e 2002), o Prêmio da Academia Brasileira de Letras (2000) e o Prêmio Nestlé de Poesia (1997 e 2006), entre outros. Em 2008, o cineasta Pedro Cezar realizou o filme "Só Dez Por Cento é Mentira – a Desbiografia Oficial de Manoel de Barros", que em 2009 obteve no Brasil dois prêmios como o melhor documentário longa-metragem.

''O rio que fazia uma volta atrás de nossa cara era a
imagem de um vidro mole que fazia uma volta atrás de casa.
Passou um homem depois e disse: Essa volta que o
rio faz por trás de sua casa se chama enseada.
Não era mais a imagem de uma cobra de vidro que
fazia uma volta atrás de casa.
Era uma enseada.
Acho que o nome empobreceu a imagem.''

''No descomeço era o verbo.
Só depois é que veio o delírio do verbo.
O delírio do verbo estava no começo, lá onde a
criança diz: Eu escuto a cor dos passarinhos.
A criança não sabe que o verbo escutar não funciona
para cor, mas para som.
Então se a criança muda a função de um verbo, ele delira.''

A poema abaixo ''ESCOVA'' não faz parte desse livro mas é bem bacana.
   

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